segunda-feira, 8 de abril de 2013

Corujinha de feltro

Wooooow! Um milhão de anos sem postar por aqui!
A vida escolar da Khadija mudou completamente a minha vida!
Se antes ela chorava para não ir para a escola, agora ela chora e implora para ir até nos fins de semana, o que ampliou em muito a minha vida social..rs
São atividades escolares, festinhas, feiras culturais e grupos de jogos e playdates...
Só pra mexer um pouquinho por aqui vou postar um artesanato fofo, feito com feltro para as mamães que quiserem fazer em casa.
O trabalhinho eu roubei do blog BoniFrat que é simplesmente uma gracinha!
Espero que gostem!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O desafio da escolinha

Eu pensei que meu coração ia sair pela boca. Minhas pernas ficaram bambas e eu tremia feito vara verde enquanto cruzava a rua da escolinha da Khadija para alcançar a cafeteria onde eu passaria toda manhã do primeiro dia dela na escolinha.
Na verdade não posso dizer que esse foi exatamente o primeiro dia da Khadija na escola.
Houve uma experiência anterior mal sucedida.
Eu particularmente questiono a neurose que se instaurou hoje em dia de que temos que enviar a criança para a escola o mais cedo possível. Aliás, eu sou contra qualquer tipo de neurose ou patrulha ideológica em matéria de educação de filhos (exceto as que se referem a castigos físicos e abandono, daí pra mim não tem acordo).
Antigamente as pessoas olhavam com péssimos olhos quando uma criança de dois anos já estava na escola.
Que mãe desnaturada e sem coração! Não sabe que o bebê ainda necessita dela?!! Muitas mães sentiram na pele o preconceito contra as mulheres que por opção ou necessidade, trabalham fora.
Hoje em dia é o oposto. Se seu filho tem dois anos e ainda não está na escola já começam os comentários: Ainda não está na escola?! Como assim? Está atrasado! A criança precisa socializar e ser estimulada.
(Como se as únicas formas de socialização e estímulo infantil fossem a escola.)
aulinha de música
aulinha de culinária
A Khadija desde os seis meses de idade participa de vários playgroups. (Grupos de pessoas que se encontram para brincar com seus filhos com o intuito de os estimularem a interagir com outras crianças. 

A baby Dija desde essa idade participava de três playgroups: um de música e coordenação motora, um de artes e crafts que trabalhava com artesanato e culinária e outro só pra brincar mesmo, sem nenhuma pretensão pedagógica dirigida a não ser a socialização das crianças e das mães. Além disso, a Khadija tinha aula de natação e participava esporadicamente de um playgroup para crianças de línguas hispanas onde brincava comigo e com os amiguinhos de origem hispana.
com a mamanha no palco
minutos antes
da estréia de Carmen
aulinha de artes
Honestamente não me parece que isso seja falta de socialização.  Com um ano e meio a Khadija, já falava em inglês e português, sabia contar e diferenciar as cores. Além disso, sabia distinguir inúmeras músicas e adorava ouvir ópera, pedindo sempre para ouvir a música da mamãe (Carmina Burana) porque ela me viu cantando essa peça de Carl Orff na Ópera de Hanói. Aliás, com menos de um ano de idade ela já conseguia emitir sons imitando notas específicas. Durante o ensaio da opera Carmen ela começou a fazer sons junto com a musica ensaiada gerando comoção geral na mulherada que ensaiava!! RS
Estou dizendo tudo isso pra explicar porque eu sou contra a escolarização precoce (e muitas vezes sem escrúpulos). Veja bem: A maioria das mulheres necessita trabalhar e a escola ou creche são alternativas legitimas e mais do que justas para que essas pessoas sigam sua vida de maneira natural. No entanto, a sociedade consumista, imediatista, fast food e "inafetiva" em que vivemos tem ferado uma demanda educacional desnecessária. Hoje em dia muitas vezes as escolas tem sido usadas como deposito de crianças, as pessoas tem confundido os fatos de que ensinar é uma função da escola, ao passo que educar é da família.
Lamentavelmente em muitos desses playgroups dos quais eu participo com a bebê, muitas das crianças vão acompanhadas de suas babás.  São raras as mamães que se despem da vaidade, deixam o salto alto no armário, botam um chinelinho, uma roupa velha e vão lá se empanturrar de tinta, areia e glitter. As poucas que toparam viraram minhas amigas e ídolos.
Em minha opinião, nenhuma criança com menos de três anos precisa de fato de escola. Nessa fase, pra mim, a necessidade de colocar a criança na escola é muito mais do adulto: De trabalhar, de ter um tempo pra si próprio ou mesmo de repartir a responsabilidade de estimular o filho apropriadamente, (porque nessa faixa etária ninguém precisa de fato de um professor pra fazer isso). Uma boa mãe estimula seus filhos lendo, conversando, brincando e cantando com ele. Por outro lado uma mãe desatenciosa, não vai fazer isso mesmo. Nem com nem sem escola.
Eu me achava um pouco solitária nesse meu ponto de vista, até que pesquisando sobre o assunto, eu descobri que parte da comunidade acadêmica e cientifica fecha comigo: O autor e psicólogo infantil Steve Biddulph, por exemplo, afirma o seguinte: Bebês não foram feitos para ir à escola nem para serem cuidados em grupo. Eles crescem e aprendem melhor quando têm um ou dois adultos cheios de amor exclusivo. Minha pesquisa é clara nesse sentido: até os três anos de idade da criança, é a família que tem condições de interagir com ela para um bom desenvolvimento cerebral. Ou seja, com intensidade e sintonia. É assim que o bebê aprende a se aproximar e a criar empatia – e adquire o que chamamos mais tarde de “inteligência emocional”. A melhor hora de colocar a criança na escola é a partir dos três ou três anos e meio. O certo é começar com três manhãs por semana de jardim-de-infância, com atividades educativas. Isso é bem diferente de deixar a criança todos os dias numa creche de período integral. Estudos sobre estresse e níveis de cortisol no sangue mostraram que bebês na fase de aprender a andar sofrem o dobro de estresse quando são separados da mãe e inseridos numa creche. Foi constatado que por meses o nível de cortisol se mantém alto. Sabemos que cortisol elevado faz mal, porque atrasa o desenvolvimento do cérebro, atrapalha o sistema imune e até reduz o crescimento. Os estudos constataram que as crianças que aparentavam bem-estar, na verdade, permaneciam estressadas – elas aprenderam a esconder a emoção e a lidar com ela. É importante lembrar que, nessa fase, a idade e o preparo são cruciais. O que pode ser valioso e excitante para uma criança de cinco anos pode ser devastador e traumático para outra de um ano e meio. Desenvolvimento infantil é isso: a coisa certa na hora certa. http://mae-rn.blogspot.com/2012/07/escola-antes-dos-3-anos-e-um-erro.html
Como eu já disse antes há que se respeitar as necessidades socioeconômicas das famílias. Quem é que hoje em dia pode se dar ao luxo de parar de trabalhar para cuidar do seu bebê?
Por outro lado, O direito à maternidade e à paternidade deveria ser uma questão de justiça social. Uma reivindicação a ser levada a sério.
Na Suécia, por exemplo, o pai tem direito a licença paternidade de um ano. Isso com tudo garantido: Salário, benefícios e muito mais. Sei que a Suécia não é parâmetro para o resto do mundo real, mas nesse caso, sim, devia ser.
Então, como apesar de defender que as crianças não entrem tão cedo na escola, eu deixei minha filhinha querida ir pra aulinha com apenas um ano e meio de idade?
Bem, em fevereiro desse ano eu estava levando a Khadija pra passear quando ela começou a pular no meu colo e a apontar pra escolinha de educação infantil que fica bem embaixo do nosso prédio. Levei-a até lá e ela começou a pular feito uma pipoca pedindo pra ir na tal escolinha. Ela empurrava a porta da entrada (era domingo) e resmungava: qué entá! qué entá! Passou o fim de semana inteiro fazendo menção a tal escolinha (Sunshine kindergarten), dizendo que queria ir lá brincar e então eu deduzi que talvez fosse o momento de deixa-la ir pra escola.
Fiz um acordo de ir a aulinhas individuais, sem o compromisso inicial de matricula-la um mês inteiro para ter certeza de que era isso mesmo que ela queria.
Ainda bem!
Acordar cedo foi o fator desastroso inicial logo no primeiro dia de aula. Ela já desceu chorando e berrando de raiva. (não posso culpá-la. Estava frio e eu mesma gostaria de ter ficado até tarde na cama). No entanto quando ela viu a escolinha ficou mais animadinha.
A professora disse que eu podia entrar com ela no primeiro dia na sala e foi exatamente isso que eu fiz. Fiquei dentro da sala de aula, sentada num cantinho, sem interagir com ela, mas presente. Sempre que ela sentia insegurança, olhava pra mim e se tranquilizava. O problema é que a tal classinha não era internacional, era o que eles chamam de integrada, ou seja, a aula era ministrada em inglês, porém por uma professora local, uma vietnamita.
No início eu achei que isso seria irrelevante, mas graças a Deus eu fiquei na classe e paguei pra ver. No fim eu descobriria várias coisas das quais eu não gostaria.
A professora era bem didática, com uma boa formação e tudo, mas a afetividade era zero!
Vietnamita tem muita dificuldade em ser afetivo, e essa daí era uma vietnamita típica. A professora auxiliar então... afe! Eu tinha medo da cara dela. Nunca consegui descobrir se ela tinha dentes porque a pobre coitada era incapaz de sorrir.
Não quis colocar todo meu julgamento nesses primeiros momentos, mas não podia ignorar o que estava diante de mim. Aquilo não era definitivamente o que eu havia sonhado para a minha filha. Mas ela, na verdade parecia estar bem ali e eu tentei na medida do possível relaxar. Não queria transferir a minha má impressão pra ela, afinal os seres humanos são diferentes e ela parecia estar confortável até então. No entanto, um pouco antes de ir embora outro mau sinal:  uma coleguinha da Khadija começou a chorar e chamar pelo vovô. Faltava pouquinho pra terminar a hora da refeição e a professora falava pra pequena: Não há razão para choro. Se avô vira buscar você no fim do dia. Esse choro é absolutamente desnecessário, etc. etc. etc. Como a criança não parava de chorar a mulher repetiu toda a ladainha de novo: Fez todo um tratado sobre a “desnecessariedade” daquelas lágrimas já que ao fim do dia o vovô viria busca-la. E a criança que urrava de chorar, tentava conter o choro, entre goles de sopa, lágrimas, soluços e sacolejos.
Ninguém ofereceu conforto real à criança, pegou no colo ou falou num tom de voz mais amável. Nada! Meeeedo!
Fui com a Khadija no dia seguinte novamente e dessa vez me proibiram de ficar na sala de aula. Eu decidi então ficar na recepção. Elas não gostaram muito, mas eu não lhes dei outra opção e elas tiveram que me engolir. A Khadija chorou algumas vezes, mas ela corria até o corredor se acalmava ao me ver e voltava pra classinha. Houveram alguns episódios de choro, mas nada sério. No terceiro dia as coordenadoras tentaram me  convencer de que o choro era culpa minha. Que ela chorava e fazia manha porque eu estava lá e que se eu me ausentasse ela ficaria confiante em si mesma e nunca mais choraria.
Não preciso dizer que isso não faz o menor sentido pra mim né? A mulher chegou ao desplante de dizer que se eu a deixasse chorar por várias semanas sem conforta-la ela então desistiria de chorar.
Oi?! Quem foi a coordenadora pedagógica da Faculdade dela? A Super Nanny?
No terceiro dia de aula voltamos pra casa e ela estava bem borocoxô. Muuito. Eles tiveram que me ligar mais cedo para buscá-la porque ela tinha chorado muito e estava inconsolável. Para piorar ela pediu pra ver o melhor amiguinho dela, que ela ama de paixão e ao chegar à salinha dele de bracinhos abertos, e lagriminhas  nos olhos ele a enxotou e disse que ela estava invadindo a escola dele, que ele não a queria lá, e a empurrou para longe, gritando e falando coisas que a magoaram ainda mais.
Naquela noite ela vomitou em jatos por toda a casa. Febre de mais de 39 graus!
Virose! (e certamente algum componente somático)
Acontece que os asiáticos de classe dominante acham que podem pagar por tudo, e a escola da Khadija era repleta de coreanas ricas. Na opinião delas, uma vez que elas pagaram pela escola, essa teria a obrigação de ficar com os filhos delas, doentes ou não, e daí elas enviam a crianças enfermas para a escola (o que é uma tristeza para a criança, que precisa de colo e carinho extra, e um desastre do ponto de vista de saúde publica, já que espalham o vírus e num curto espaço de tempo há varias crianças infectadas.) O problema maior foi que a Khadija era a criança mais nova da escola e a virose então pra um bebê pequeno tornou-se GRAVE.
 Ela passou o fim de semana entre o leito de casa e o do hospital. A febre não cedia e ela emagreceu visivelmente em dois dias. Foi um susto e levamos uma bronca dos amigos pediatras do Brasil que disseram que não devíamos tê-la colocado na escola antes dos dois anos de idade por conta da baixa imunidade que ela ainda deveria ter. Eu nunca tinha visto minha filha tão caidinha e isso me assustou demais. Deixei-a em casa por mais uma semana com todo o carinho e cuidado, mas depois fiz uma ultima tentativa de leva-la na escola.
Fiquei no lobby do meu prédio que é encostado na recepção da escola porque a coordenadora não me aceitava mais dentro da escola. No entanto umas dez da manhã me telefonaram porque ela já estava chorando há um tempão e nada a fazia parar. Eles me falaram que ela estava bem até encontrar seu amiguinho no corredor (aquele que ela adora e considera seu melhor amiguinho) e que de novo ao correr para abraça-lo ele a rechaçou, foi grosso e começou a fazer um certo bullyng com ela. A coordenadora então me chamou pra conversar e confessou que ele vinha fazendo fazia isso frequentemente e que a Khadija ficava magoada de uma maneira tão grande que nenhum conforto ou brincadeira conseguiam reverter o choro e tristeza, exceto a chegada da mãe. Por outro lado tentaram me culpar de que ela chorava porque eu era muito afetuosa e que isso ia deixa-la mole e outras baboseiras asiáticas que se eu a criasse de maneira mais dura ela estaria mais resistente a esse tipo de acontecimento.
Foi a gota d’agua! Decidi de uma vez por todas, que por um milhão de motivos essa tinha sido a decisão errada e que ela não ia continuar indo pra escolinha nessa fase da vida (e para essa, muito menos!).
Meses se passaram e um dia a Khadija tornou a falar pra mim. Mamãe eu qué escolinha. Conversei com ela, expliquei que a mamãe não ia poder ficar com ela nas aulinhas e que ela não precisava ir, que podia ficar em casa, mas ela foi categórica, insistiu, passou dias tocando no assunto e eu cedi.
Agora com dois anos e dois meses fizemos a nossa segunda tentativa.
Khadija começou no Hanoi International Kindergarten com uma professora super jovem, meio bicho grilo. Gordinha, olhos claros, sorriso franco e um enorme piercing de estilo indiano no nariz. Com especialização em pré-escola e teatro, a Nadia conquistou meu coração. Fechamos o pacote de cinco vezes por semana, meio período apenas e lá fomos nós.
Eu pensei que meu coração ia sair pela boca. Minhas pernas ficaram bambas e eu tremia feito vara verde enquanto cruzava a rua da escolinha da Khadija para alcançar a cafeteria onde eu passaria toda a manhã do primeiro dia dela na escolinha.
Ela ficou chorando quando a deixei para trás. Meu ar faltou!
Eu e a Nadia fizemos um acordo para atenuar a despedida. As crianças são levadas na escola entre oito e 9 horas, quando ficam brincando no playground. As nove entram para a classinha.
Eu cheguei as oito e fiquei brincando com ela até as nove e dai deixei-a as nove aos cuidados da Nadia e da Ha. Como ela passou uma hora brincando comigo no próprio ambiente da escola, isso atenuaria a despedida. Dei tchau pra ela e fui pra cafeteria tomar o cappuccino mais amargo da minha vida. Graças a Deus, durante o tempo que fiquei lá a professora me enviou diversas mensagens sobre como ela estava se saindo. Ela havia chorado algumas vezes, mas pelas fotos pude ver que ela havia sorrido também, e brincado e se divertido. A Professora disse que apesar de ter seus momentos de querer a mãe ela havia participado de todas as atividades. Para compensar o stress eu e o papaya fomos almoçar com ela num restaurante que ela ama. Além dela adorar as comidinhas tem também um espaço criança onde ela pode brincar à vontade.
O segundo dia foi mais difícil. Ela chorou bem mais e não comeu, dizem que é normal porque agora a criança tem noção de que a mamãe vai sair e demorar um pouquinho para voltar, apesar do choro ela  veio bem, tranquila e carinhosa.
Na quarta-feira ela acordou chorando e implorou pra não ir pra escola. Gritava, chorava e se debatia para eu não vesti-la. Foi nesse momento que eu vacilei. Fiquei pensando em todas as recomendações que havia lido sobre não colocar na escola antes dos três aninhos. Senti-me uma monstra sem coração. Mas eu havia feito o propósito de tentar por pelo menos uma semana, então eu me forcei a ter um pouco de fé na Nadia. Longe delas eu chorei muito (aliás longe dela eu chorei a semana inteira). Antes de sairmos de casa ela me pediu para assistir a Era do Gelo e eu deixei. Liguei pro Fabio e falei de toda a falta de convicções que me invadia e ele disse que tudo bem se eu decidisse voltar atrás. Isso na verdade me deu coragem para seguir em frente. Se não desse certo ela podia voltar pra casa. Decidi esperar uma semana escolar para observar. (Paralelo a isso ficava lendo os relatos e vendo as fotos das primeiras semanas dos filhos das minhas amigas na escola. Eles posando felizes, dando tchauzinho e sorrindo. Uma das meninas ate ajudou a tia a recepcionar os novos alunos nas classes. Senti-me um completo fracasso!).
Bem pra minha surpresa, após dez minutos de Era do Gelo a Khadija já era outra criança. Eu cortei um dobrado para não deixa-la perceber das minhas angústias e se sempre me referia à escola como ao maravilhoso lugar onde tudo é divertido! Daí eu dei uma de mané e perguntei: E aí vamos à escolinha? Fiquei chocada quando ela foi buscar a própria roupinha e me deixou vesti-la sem reclamar. Ainda falou: falta a mochila, mamanha!
Fomos pra escola, sem nenhuma lágrima. Ela, no entanto não resistiu quando me viu partir e acabou chorando, mas eu fiquei de butuca do lado de fora e vi que o choro não durou tanto assim.
No fim do dia quando cheguei, ouvi uma menininha gritando feito louca. Chorando de dar dó! Eu praticamente invadi a salinha da professora numa cena super dramática: Calma meu amor! Mamãe está aqui! Mamãe está aqui! E ela veio rindo lá do fundo da sala com uma pizza na mão: Mamãe! Mamãe! RS E ainda completou: Mamãe, a Mia está chorando, faz alguma coisa! J
Foi daí que as coisas começaram a mudar. Sexta-feira ela foi sem reclamar e só chorou nos intervalos das atividades. Ela riu muito mais, brincou muito mais e começou a ter diversão de verdade.
No fim de semana fizemos de tudo pra vê-la feliz, todas as vontades, todos os carinhos! Beijamos, abraçamos, deixamos que soubesse que nada mudaria. E eu tenho certeza de que eala entendeu direitinho.
Eu passei toda as manhãs das aulas dela sentada na cafeteria em frente à escola. Foi cansativo especialmente no dia que teve black out no bairro e eu tive que ficar quatro horas tomando café num calor de 45 graus, sem ar condicionado ou internet para passar o tempo.
Não me arrependo de nada, e antes de tentar me convencer de que eu sou exagerada e estou mimando a criança, já aviso, não vai funcionar! Eu já namorei, trabalhei, dancei, fiz teatro, baguncei, fui à baladas e a retiros. Experimentei tudo da vida e tudo intensamente.
Agora eu sou mãe, e isso será intenso também. Não tenho arrependimento de nenhum momento que passo com ela. Não acho chato, não me sinto tolhida nem frustrada. Ser mãe tem sido a tarefa mais revolucionária da minha vida e Deus foi tão generoso comigo que estou podendo exerce-la em tempo integral.

Hoje, segunda-feira, fez uma semana que ela começou na sua nova aventura. Ela tirou os sapatinhos para entrar no parquinho e levantou os bracinhos para a Nadia levá-la pra classinha. Olhou pra mim e tentou ser forte, mas dai fez um biquinho, tremeu os lábios e soltou um gemidinho: Mamanhaaa, mas foi muito rápido e pela primeira vez não chorou nem um pouquinho na aula. Quando cheguei ela estava lá linda como sempre! Suja da cabeça aos pés e coberta de tinta colorida. Correu na minha direção com mil gargalhadas, mandou beijos pra Nadia e me abraçou. Falou: Vamos pra casa mamanha? Fez seu dede no taxi, cantarolou um macarrônico “eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou” e dormiu profundamente nos meus braços. Quer paz maior do que essa?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um tempão sem postar, então deixa eu compartilhar pelo menos uma receitinha boa para oferecer para crianças a partir de 6 meses, assim o blog nao fica tanto tempo sem "chacoalhar o pó"!

 Gelatina de caqui com canela


Ingredientes: 5 caquis bem maduros 2 xícaras de água 2 pacotes de gelatina em pó, sem sabor, incolor canela em bastões e em pó a gosto Como fazer:
Coloquei a gelatina para hidratar em poucas colheres de água fria e fiz um chá bem forte fervendo a água com alguns bastões de canela. Os caquis estavam tão suculentos que nem passei por peneira, separei a polpa das cascas com ajuda de uma colher, dei só uma pulsada com o mixer para ficar mais homogêneo, mas deixando uns pedacinhos, sem destruir as fibras todas. Dissolvi a gelatina no chá quente de canela e misturei ao caqui. Acertei o sabor com um pouquinho mais de canela e coloquei em potinhos que foram para a geladeira por umas 4 horas até endurecer.

A receita foi "roubada" do site bicho papinha, que tem coisas deliciosas para os pequenos!

http://bichopapinha.com.br/?menu-dinner=gelatina-de-caqui-com-canela-2

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Introduzindo sólidos

Bom, já que o post anterior foi sobre comer e amar, eu vou aproveitar e fazer um segundo post, na sequência para elucidar alguns pontos sobre como introduzir alimentos sólidos para o bebê. Vale ressaltar que eu não sou profissional da área de saúde, então o que vou postar aqui são as minhas experiências pessoais e bem sucedidas em matéria de alimentação para a minha bebê.

Pra começar, a dra Saulog, pediatra da Khadija nas Filipinas me deu dois conselhos cruciais, que certamente são responsáveis pela boa alimentação da Khadija até hoje.

No Brasil nós iniciamos a alimentação de sólidos com frutas. O argumento é de que com o sabor mais palatável das frutas, o bebê se alimenta com mais vontade. Nas Filipinas aprendi a fazer isso de forma diferente.

O primeiro alimento que a Khadija comeu foi papinha de farinha de arroz com leite materno.
Todo mundo sabe que arroz é um alimento básico na culinária asiática, então era de se esperar que a papinha de arroz fosse o primeiro alimento introduzido, mas a escolha não foi ao acaso. O arroz tem índices quase nulos de causa de alergia, mas a grande sacada foi fazer a papinha com leite materno.

O leite materno é o sabor MAIS palátavel que o bebê pode provar nessa fase. Já está acostumado ao sabor, gosta do sabor e é um gostinho que se associa a boas memórias, como o colo da mamãe, o carinho, o cheiro do peito (assim como certos sabores e aromas nos trazem boas lembranças, assim também é com os bebezinhos). Outra dica interessantíssima sobre os benefícios de se fazer as papinhas com leite materno é que geralmente, no início da alimentação sólida, os bebês enfrentam um pouco de prisão de ventre, já que o corpinho deles ainda não está acostumado a digerir sólidos, o leite materno que é um laxante natural ajuda a fazer essa transição sem traumas. Khadija praticamente não teve cólicas emuito menos prisão de ventre. Mais uma vez, o leite materno funciona como um néctar milagroso capaz de ajudar nossos bebês a superar mais uma etapa importante na vida.

Bom, depois da farinha de arroz, outros cereais são introduzidos. Até então o sabor principal dessas papinhas, ainda é o leite materno combinado com algum outro sabor menos importante. Depois disso começamos a introduzir outros vegetais como batata, cenoura, chuchu, maxuxo, mandioquinha, etc..tomemos cuidados com alimentos que provocam gases como brócolis, repolho e couve flor. Apesar de extremamente nutritivos, são o pesadelo de alguns bebês, então é necessário observar...se o bebê começar a apresentar cólicas ou desconfortos abdominais na administração desses alimentos, é melhor suspender. Espinafre, beterraba e couve por exemplo são tão nutritivos quanto e causam menos problemas digestivos, mas porque nao começamos com as frutas?

No Brasil somos aconselhadas a iniciar as papinhas sólidas com frutas sob o argumento de que por serem doces, facilitariam os bebês a se interessarem por seu sabor. Aqui na Ásia o conselho é justamente o oposto. Se começamos a introduzir os alimentos sólidos através das frutas, os pequenos vão ter menos interesse para experimentar outros alimentos como a batata e o espinafre por exemplo, que não são tão atrativos ao paladar infantil, então iniciando por esses alimentos, eles acabam criando interesse sem saber que logo ali adiante virão as saborosas frutinhas.

Nós fizemos isso com a Khadija e super funcionou! Ela adora brócolis, couve-flor e até ampalaya, que é um tipo de jiló multivitamínico, mega amargo! Ela pede no supermercado: Arvinha, mamãe! Arvinha!(arvorezinha - brocolis).  Depois do paladar dela estar super habituado com vegetais, franguinho moído e cereais, as frutas chegaram como um presente! Uma sobremesa! E foi uma experiência tão prazerosa que se você perguntar se ela prefere um chocolate ou uma melancia, ela vai escolher de longe a melancia!



Algumas dicas:
No início não misture alimentos, a não ser com o leite materno. Quando iniciar a administração de papinhas, sopinhas, etc, inicie com um único tipo de alimento: Quando der cenoura, é só cenoura, quando começar com chuchu, só chuchu e assim por diante, assim fica mais fácil de identificar possíveis alergias. Se você misturar tudo fica mais difícil de descobrir o que pode não estar sendo bem aceito pelo bebê.

Quando iniciar as papinhas mistas, guarde uma regrinha de boa nutrição para ajudar você a criar os alimentos para o seu bebê. Uma alimentação balanceada necessita de tubérculos (batatas, mandioquinha, batata doce etc), vegetais (espinafre, escarola, cenoura, brócolis, etc) e proteínas (carne, frango ou soja, se você tiver adotado uma alimentação vegetariana para seu filho).

♥ Eu entendo que vivemos dias de correria, muito trabalho, jornada tripla e batalha para ganhar o pão do dia a dia, mas se você puder aceitar um conselho, eu te digo: Nao alimente seu filho com papinhas industrializadas. Elas são cheias de sódio, conservantes, corantes e outras porcarias que não ajudarão em nada a saúde do seu filho. Não estou sendo radical e dizendo que você nunca poderá usar uma papinha ou outra em situações inusitadas. Se você vai viajar, pegar um avião ou uma longa estrada, se você estava exausta naquele dia e sacou do seu gabinete uma papinha de potinho, não se sinta culpada! Você não tem que ser uma super mulher ou uma mãe indefectível. O que estou dizendo é para você não usar esse tipo de alimento como base da alimentação do seu filho. Além de ser fraco em nutrientes essas papinhas são cheias e produtos artificiais que prejudicam a saúde de seu filho e até intereferem na boa absorção das vitaminas. Apesar de serem práticas, só devem ser usadas em último caso. Quando abrir uma papinha dessas, ela tem que ser usada em até no maximo 24 horas, mesmo se mantida sob refrigeração. 

♥ Se não tem jeito, você vai usar a papinha, atenção para dicas fundamentais: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA é responsável pelo controle de qualidade desses produtos, que devem conter seus ingredientes no rótulo. Em tese eles também necessitariam seguir normas internacionais de controle dietético, mas a verdade é que nem todas as marcas fornecem a quantidade de vitaminas da papinha, na embalagem. (bebe.com.br) mas uma coisa eu posso garantir, não há vitaminas tão boas quanto as vitaminas encontradas nos alimentos frescos. Melhor ainda se ao invés de você usar o liquidificador, você amassar os alimentos com um garfo ate atingirem a consistência desejada. Da trabalho, mas assim você preserva todas as fibras dos alimentos o que é muito importante para a digestão do seu bebê.

A seguir algumas receitas de papinhas sopas e sucos para os bebês  que estão sendo iniciados em alimentos sólidos. Algumas dessas receitas seguem atrativas e nutritivas para crianças de até um ano de idade, mas não se esqueça: Até um ano de idade, o principal alimento ainda é o leite materno



Papinhas salgadas

Polenta com mandioquinha
Cozinhe a mandioquinha com um pouquinho de sal, depois amasse e junte um pouquinho de manteiga e leite (prefira o materno), já no fogo. Junto fubá dissolvido no leite, mexo bem pra misturar, e cozinho como uma polenta normal. Para os maiores você pode servir com molho de tomates frescos, ou molho a bolonhesa, ou pura mesmo,cortada em pedacinhos! Pra bebês, é só fazer mais molinha, como uma papinha . E dá pra fazer com cenoura, brócolis, couve flor…(receita enviada pela Ana Paula para o site http://www.cozinhamaterna.com.br/)

Batata com couve-flor
Cozinhe duas batatas, dois raminhos de couve-flor, um pouco de cebola, alho e caldo de frango (use caldo natural, retirado de frango cozido bem temperadinho) até que os legumes estejam bem macios e a água tenha secado quase totalmente. Em seguida desligue o fogo, amase bem os legumes e junte uma colher rasa de manteiga. Fica muito bom! (receita enviada pela Karina para o site http://www.cozinhamaterna.com.br/)


Papinha de frango, mandioquinha, beterraba e escarola
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue 1 colher de chá de cebola picada e 2 colheres de sopa de frango cortado em cubos bem pequenininhos. Acrescente em seguida uma mandioquinha  pequena cortada em cubos e meia beterraba pequena cortada da mesma forma. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte 2 colheres de sopa de  escarola picada e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.(http://www.bebe.com.br/ )


Papinha de carne, fubá, cenoura e couve
Ingredientes
Em uma panela, aqueça 1 colher de sobremesa de óleo vegetal e refogue 1 colher de chá de cebola picada cebola e 2 colheres de sopa de carne moída. Acrescente em seguida meia cenoura pequena picada em cubos e cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Acrescente meia xícara de água fria filtrada e 2 colheres de sopa de fubá. Deixe cozinhar, sem parar de mexer até que o caldo fique encorpado. Junte 2 colheres de sopa de couve picada e cozinhe por mais 5 minutos. Se necessário, acrescente mais água. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. (http://www.bebe.com.br/)


Papinha de frango, arroz, ervilha, ecnoura e espinafre
Em uma panela, aqueça  1 colher de sobremesa de óleo vegetal e refogue 1 colher de chá de cebola picada e duas colheres de sopa de frango cortado em cubos bem pequenos. Acrescente em seguida 1 colher de arroz cru lavado, 1 colher de sopa de ervilha fresca e meia cenoura pequena picada em cubos. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte o espinafre e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. (http://www.bebe.com.br/)



Papinhas doces

Papinha doce de manga
1 1/2 kg de mangas picadas
Coloque a manga picada em uma panela com um pouquinho de água. Leve a panela tampada ao fogo baixo, e deixe cozinhar até a manga amolecer.
Amasse com um garfo até obter um purê.

Papinha doce de maçã 6 maças sem casca e sem sementes, picadas
Depois de descascar as maçãs e retirar as sementes, corte-as em fatias. Numa panela, leve as maçãs com um pouquinho de água ao fogo brando.
Tampe a panela e cozinhe até ficarem macias.
Amasse com um garfo até obter um purê.
Papinha doce de ameixa e maçã

Papinha de maçã com ameixa
6 maçãs sem casca e sem sementes, picadas
1 xícara de ameixa preta seca
Em uma panela leve as maçãs com um pouquinho de água ao fogo brando, até amolecerem. Amasse com um garfo até obter um purê.  Enquanto isso leve as ameixas pretas com 1 xícara de água ao fogo brando, até amolecerem também. Retire os caroços e passe a polpa pela peneira. Misture ao purê de maçã.

Papinha doce de pêra 7 pêras
Descasque e pique as pêras.
Numa panela, coloque a pêra e um pouquinho de água e leve ao fogo brando, com a panela tampada, até amolecer. Amasse com um garfo até obter um purê.

Papinha doce de caqui 6 caquis, sem a casca .
1 colher (chá) de fécula de batata.
Passe os caquis por uma peneira. Misture o purê de caqui com a fécula de batata.
(todas as receitas de papinha doce são do site http://www.e-familynet.com/)

ps: Essas receitas originalmente continham mel em sua composição, no entanto o uso de mel é contra indicado para crianças com menos de um ano, portanto eu retirei o mel das receitas apresentadas. Se seu bebê tiver mais de um ano você poderá acrescentar uma colher de sopa de mel a cada uma dessas receitas, mas se seu bebê for menor de um ano, não se preocupa que o açúcar contido na fruta é suficientemente delicioso e muito saudável.

Sopas

Sopa de aveia
Cozinhe 1 cenoura média e umamandioquinha de tamanho médio em um pouco de água. Amasse os legumes com o garfo e acrescente uma xícara de caldo de frango, 1 colher de sobremesa de cebola picada uma pitada de sal. Leve ao fogo baixo e acrescente 2 colheres de sopa de farinha de aveia, 1 colher de sobremesa de margarina e 1 colher de sopa de salsinha picada. Mexa bem até ferver. (http://www.sertaozinho.com/)

Sopa de abóbora com frango
Em uma panela média, coloque 50 g de peito de frango cortado em cubos, 1 xícara de chá de abóbora em cubos, meia xícara de folhas de espinafre, 1 colher de sopa de cebola picada e 1 colher de sopa de salsa picada também. Adicione meio litro de água fria e leve ao fogo baixo por cerca de 40 minutos ou até que os ingredientes fiquem macios. Retire do fogo e adicione 1 colher de chá de azeite. Passe por uma peneira fina e acrescente o Cereal Infantil. Mexa bem e sirva a seguir.
Se o bebê já tiver dentinhos, amasse os legumes da sopa com um garfo e pique bem miúdo o frango para conseguir uma sopa com mais textura. (
http://www.sertazonho.com/)

Sopa de feijão
Passe 2 xícaras de feijão cozido e temperado no liquidificador. Leve ao fogo com água, uma pitada de sal e 1 dente de alho picado. Junte 1 xícara de macarrão tipo cabelinho de anjo cozido e algumas folhas de espinafre picado e cru. Deixe no fogo por alguns minutos, até o espinafre ficar molinho. Sirva a seguir.
Dica: O feijão pode ser substituído por lentilha ou ervilha. Já o espinafre pode ser trocado por brócolis ou acelga. (
http://www.sertaozinho.com/)


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sobre comer e amar

É consenso que até seis meses de idade a alimentação fundamental do bebê seja apenas o leite materno. Nessa fase o bebê não necessita nem de água. Tudo que for importante para o desenvolvimento do bebê está ali no leitinho materno. No entanto há ainda muita confusão sobre esse tema, e vale a pena esclarecer alguns pontos:

 Não existe leite fraco. Tem gente que corre pra introduzir fórmulas para o bebê, na ilusão de que as tais fórmulas possam garantir ume melhor nutrição da criança.
Gente, salvo casos excepcionalíssimos (como enfermidade da mãe com uso de medicamentos perigosos para o bebê, mãe de gêmeos, mães portadoras de enfermidades infecciosas transmissíveis através do leite, etc) não ha necessidade de se introduzir fórmula, vitaminas ou nenhum outro tipo de aditivo na alimentação da criança.

♥ O bebê não vai ficar desidradatado se não tomar água. Todo líquido necessário para hidratar, nutrir e resguardar o bebê de inúmeras enfermidades está no leite materno.

♥ Tem muita gente que acha que após seis meses de amamentação o bebê não necessita mais de leite materno. Pois a Organização Mundial da Saúde discorda veementemente dessa afirmação. O ideal é amamentar o bebê até dois anos de idade. Seis meses é o mínimo do mínimo! Tem gente que para de amamentar pela preocupação de que o peito possa cair. Gente! Se amamentar direitinho, nas posições corretas, usar o sutiã de sustentação adequadamente, não cai coisa nenhuma. Na verdade após a amamentação meu corpo ficou muito mais bonita. O peito cresceu, eu emagreci, fiquei mais saudável, além do que, o orgulho de ser mãe e provedora da minha filha me deu um porte de rainha, mas se você já tinha uma predisposição a flacidez e seu corpo mudou muito depois da amamentação, então você precisa trabalhar a sua cabeça, de que esse sacrifício nao foi nada perto do bem estar que você está proporcionando ao seu filho, mas se a sua cabeça não se convence, então faz uma boa plástica e tá tudo resolvido! Não acho que ninguém tenha o direito deva patrulhar uma mãe com queda de auto-estima, não tá legal com seu corpo, faça o que tem que ser feito, mas depois do  tempo necessário para amamentar seu filho, interromper a amamentação por razões estéticas, isso sim é fora de questão para mim!

♥ Tem gente que acha que amamentar por muito tempo pode deixar o filho mole e mimado. Minha amiga France Marcoux sempre repete uma frase com veemência. "Amamentar não é só sobre comer. amamentação é sobre relacionamento. " E é isso minha gente.  A amamentação é um momento único de relacionamento entre mãe e filho. É um momento mágico de contemplação da vida, de criação de laços, estabelecimento de vínculos eternos. Não é só sobre comer, mas sobre comer e amar. Pense nisso, e não prive seu bebezinho dessa primeira experiência de amor incondicional tão profunda, que é um privilégio muito grande que só as mulheres possuem, e se puder inclua seu parceiro nisso. Se ela já amava seus seios por razões eróticas, vai amar muito mais porque ali está a fonte de alimentação da sua cria, a fonte de amor do ser humano que vocês fizeram juntos. O fruto de um amor materializado ali diante de vocês.

Por esse motivo eu procuro sempre fazer do momento da amamentação um momento sagrado, especial, mágico. Um momento de calma e tranquilidade onde encontramos a mais profunda paz e nosso bebê também. Claro que nem sempre isso é possível. Às vezes temos que amamentar no meio de uma viagem, no avião, no carro e trânsito (ou no ônibus), num intervalo rápido do horário de almoço correndo pro próximo turno de trabalho, mas enfim, mesmo em meio ao caos é possível encontrarmos momentos pacíficos para amamentar com amor. Seja sozinha com a Khadija, ou às vezes junto com meu companheiro, amamentar é um exercício de amor. Adoro cantar, acarinhar, fazer cafuné na bebê enquanto ela mama e me fita os olhos de maneira tão profunda. Se eu estiver amparada no ombro do meu amor é ainda melhor, mas nada no mundo paga a felicidade de ter a Khadija mamando enquanto faz carinho nos meus cabelos ou no meu rosto, e às vezes faz até uma micro pausa no mamar pra dizer..carinho, mamãe! carinho!

 


 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Conquistando pelo estômago !

Tem muita gente que passa os dias arrancando os cabelos para fazer os filhos comerem. Eu honestamente acho que a hora da refeição tem que ser uma hora de diversão e prazer e não um martírio para pais e filhos. Graças a Deus a Khadija come de tudo, ou mais do que isso, ela é uma daquelas crianças especiais que como na propaganda veiculada na TV brasileira há um tempo atrás, ela adora legumes e verduras, e pede: Brócoi mamanha! more brócoi! Juro! Solicitação de encher de orgulho a irmã dela, a Laura, que é Vegan, a dra Agnes, a Naime, a Alessandra e a Lara que são vegetarianas.
Ainda não chegamos assim tão longe, abraçando o vegetarianismo para nós e para a Khadija, mas reconhecemos a importância de uma alimentação saudável. Por isso se você é daquelas que ainda arranca os cabelos para incluir vegetais na alimentação do seu filho, estas panquecas são uma delícia e uma ótima sugestão para ajudar a resolver o problema. Peguei a receita do site http://saborosogostinho.blogspot.com/ que minha amiga Karla Tanos enviou pra mim.



Panquecas coloridas

Ingredientes


Massa de cenoura
- 1 xícara (chá) de leite
- 3 ovos
- 1 pitada de sal
- ½ xícara (chá) de cenoura picada
- 8 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de óleo


Massa de beterraba-
 1 xícara (chá) de leite
- 3 ovos
- 1 pitada de sal
- ½ xícara (chá) de beterraba picada
- 8 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de óleo

Massa de espinafre-
 1 xícara (chá) de leite
- 3 ovos
- 1 pitada de sal
- ½ xícara (chá) de espinafre picada
- 8 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de óleo

Modo de Preparo
Para a massa, bata todos os ingredientes no liquidificador. Aqueça uma frigideira com um pouco de óleo, forre o fundo da assadeira com a massa e frite dos dois lados. Reservar.

Para o recheio use sua imaginação! Pode ser queijo, creme de milho, picadinho de legumes ou se você não for vegetariana, carne, frango e até camarão se seu filhote não for alérgico...

Memórias de amor



Olha só que legal!
Foi só começar meu blog que coisas queridas começaram a surgir por aqui.
Hoje a Arletinha me mandou uma mensagem linda que eu havia enviado a ela quando fiz o meu primeiro Congenital scan da Khadija
Enfim...aí vai a recordação desse momento inesquecível!
É meninaaaaaa!



(Mensagem da Arletinha)
Amiga querida,olha o que eu achei no meio dos meus e-mails antigos 
(que guardo de recordação)
Como não sei se você ainda o tem, te repasso
Amo minhas meninas de Hanói
Tia Arletinha
                   
05/02/2010
Oi meus amores, passando para contar as novidades...
Fiz o congenital scam essa semana e descobri que ta td bem...
e' uma menina!
Ainda bem...imagina eu criando um menino...não ia dar certo..rs
Foi assim, nós precisamos fazer um monte de examinhos extras por causa do fato deu só descobrir a gravidez 4 meses depois da gestação iniciada.
Os dois primeiros exames mostravam uma possibilidade de ser menina.
Foi mais ou menos assim. Eu entrei na ginecologista para verificar se eu tinha alguma alteração hormononal ou quem sabe um mioma...dai ela já me disse: Wow, seu mioma, tem perninhas, bracinhos e um lindo coração...Quer saber o sexo?
Assim! Na lata! Sai de lá sabendo que estava grávida e que quaser certo que fosse uma Khadija, mas só no congenital scam que tivemos certeza...
Ela e' linda! já pesa 208 gramas e e' bagunceira...fica pondo o pé na cabeca, coçando o olho (pode?! igual a mãe?) e segundo o médico vai ser bailarina ou contorcionista...
(tenho que confessar que a hiperatividade se deu por conta de uma barrinha de chocolate que comi antes do exame...ela ficava sempre muito quieta e a gente não conseguia ver a periquitinha ou o piupiu, então minha amiga Carla Lopes deu a dica do chocolate...
Eu juro que comi só uma micro barrinha de toblerone derretido...só aquele triangulozinho sabe? NOooossa! A menina ficou doidona!)
Fiquei até com medo de imaginar o que isso faz com a nossa cabeca qdo a gente come em excesso...pra que prozac? rs chocolate funciona mesmo..hehehe
Entao...
Tá td otimo..perninhas proporcionais aos bracinhos, bracinhos proporcionais ao corpo e o coraçãozinho já tem ate as divisõesinhas todas...
Uma emoção!
Esse não foi ainda o ultrassom colorido bonitao, foi um exame mais detalhado e moderno que mostra o nenén por dentro.
O Fabio foi comigo e ficou super emocionado...tanto com o bebê qto com a tecnologia...rs
Dá até pra ver o coraçãoozinho batendo ..um amor!
No final o médico colocou no aparelhinho de 3 D so pra gente ver a carinha dela..e foi qdo ela tava coçando o olhinho e deu pra ver direitinho...
A nenén tá otima e os poucos receios que tinhamos em função da vida desregrada nos 4 primeiros meses (remédios, adoçantes, vinho, uma internacao com infecçao intestinal grave, a perda da beth, da larissa e tantas outras loucuras).
Imagina! viajei pro Brasil, Pra Malásia, Pra Boracay..andei de avião, barco, ônibus, dancei...enfim..como se diz...Ainda bem que Deus cuida dos loucos e das crianças ...heheh
Cuidou direitinho da louca...a mae..rs e da criança também...hehehe
Eu não estou na melhor formas e a médica já me advertiu que essa gravidez e' bem delicada. Eu nao sou mais uma mocinha e todo mundo já sabe que minha saúde não e'  nem nunca foi uma Brastemp..Já tive que enfrentar alguns dias de cama e tô seguindo uma dieta rigorosa
Eu nunca tive essas frescuras de grávida...desejos de coisas esquisitas, manhas excessivas (so' as de sempre..hehe) ou coisas do tipo, mas tenho dores muito fortes, anemia dificílima de controlar, açucar no sangue beirando a diabete gestacional, e sangramentos super pesados de gengiva e de nariz. Mesmo assim a nossa guerreirinha segue na boa. E acho otimo...antes eu do que ela..ela tem que ficar lá de boa, dançando mesmo e curtindo o quentinho...
Ah outra coisinha... vocês precisam ver o cuidado da Filomena e do Ferdinando com a minha barriga. Eles dormem os dois abraçados na barriga...passam a patinha. Tirei uma foto tao linda da Filo...vou ver se posto pra vcs..
Mas enfim, o resumo da Opera e' que como sempre, Deus tem cuidado de mim...
Ainda bem! E eu nao esperaria outra coisa Dele!
A Khadija veio com pilula, doença, bagunça, luto, viagens, remédios fortes, menstruação...Ela simplesmente decidiu que queria vir e veio...
A concepção se deu dias depois do falecimento da Beth, então as boas línguas andam espalhando que mal chegou no céu, e a Beth já começou a dar palpites nos caminhos do Criador..tipo..eu vim..mas agora manda uma alegria pra eles ne? rs
Brincadeiras à parte...A vida e' incrivel mesmo, e como diz Lenine, " mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando a gente pede um pouco mais de alma, a vida nao pára..."
E no meu caso e' literal, porque ela fica aqui dançando na barriga...
Imagina que no começo da gestação, eu sem imaginar que estava grávida...ficava tomando deflatil para supostos gases que eu achava que tinha... Não e' possivel uma barriga ficar se movimentando desse jeito..deve ter sido o jantar..eu pensava  rs rs rs
bjs
Fabi
ps seguem algumas das  primeiras fotos do acontecimento do milenio...hehe
















Filomena linda e o bebê!


Primeira foto de família
Khadija aos 4 meses!



















5 meses da baby Dhija